Paulo Sérgio Souza Silva, 46 anos, desempregado é uma dessas pessoas que poderiam ter muitos adjetivos: louco, excêntrico, esquisito. Mas, na verdade é uma pessoa indignada. Conta Ele que há 28 anos, vem lutando na justiça contra o governo do Amapá por uma indenização. Segundo sua história ele pilotava uma moto por uma Avenida de Macapá, quando um motorista que dirigia um carro Oficial do Governo o atropelou, fugiu sem prestar socorro, deixando-o sobre o asfalto, ficou todo quebrado e está vivo por um milagre. Mas este acidente o tornou inválido, pois tudo nele são colado e cheio de pino. Na época que foi atropelado ganhava 2 mil cruzeiros, ele não exige muito, quer apenas um mínimo para se sustentar e que se faça justiça. Tentou entrar com ações na Justiça, mas informa que os advogados foram comprados pelo governo, diz que seu caso é minúsculo diante de todas as tragédias. Repetiu esta frase várias vezes “tive minha vida toda desestruturada por causa do governo, o governo te cobra 24 horas, mas não paga um minuto pelo que deve". Sua indignação foi transformada em raiva, ódio, angústia e Ele exorciza esses fantasmas esbravejando contra o governo na sua própria casa. Sua casa não passa despercebida, pois retrata toda fúria que alguém possa ter. Nela pinta com todas as cores e em todos os cantos várias palavras e frases de ordem “Governo me deve”, isto é covardia”, “porquê me abandonaram”, “dor”, “’ódio”, “o Brasil é uma vergonha”, “o descaso continua”. Informa que quando não tiver mais espaço na casa vai para as ruas, enquanto viver vai protestar contra as injustiças provocadas pelos governos. Na minha primeira visão quis conhecer a casa, depois ao adentrar senti uma tristeza profunda, fiquei enjoada, mas ao mesmo tempo consternada e também revoltada com o sofrimento daquela pessoa diante do descaso do governo. Até que ponto vai à fúria de uma pessoa? Por que esta indignação é um caso isolado? Por que outras pessoas não se manifesta com tanta veemência?
A desumanização do outro é uma das formas mais marcantes do totalitarismo (Hannah Arendt)
terça-feira, 27 de março de 2012
Amapá-Macapá-Brasil: protesto contra injustiça
Paulo Sérgio Souza Silva, 46 anos, desempregado é uma dessas pessoas que poderiam ter muitos adjetivos: louco, excêntrico, esquisito. Mas, na verdade é uma pessoa indignada. Conta Ele que há 28 anos, vem lutando na justiça contra o governo do Amapá por uma indenização. Segundo sua história ele pilotava uma moto por uma Avenida de Macapá, quando um motorista que dirigia um carro Oficial do Governo o atropelou, fugiu sem prestar socorro, deixando-o sobre o asfalto, ficou todo quebrado e está vivo por um milagre. Mas este acidente o tornou inválido, pois tudo nele são colado e cheio de pino. Na época que foi atropelado ganhava 2 mil cruzeiros, ele não exige muito, quer apenas um mínimo para se sustentar e que se faça justiça. Tentou entrar com ações na Justiça, mas informa que os advogados foram comprados pelo governo, diz que seu caso é minúsculo diante de todas as tragédias. Repetiu esta frase várias vezes “tive minha vida toda desestruturada por causa do governo, o governo te cobra 24 horas, mas não paga um minuto pelo que deve". Sua indignação foi transformada em raiva, ódio, angústia e Ele exorciza esses fantasmas esbravejando contra o governo na sua própria casa. Sua casa não passa despercebida, pois retrata toda fúria que alguém possa ter. Nela pinta com todas as cores e em todos os cantos várias palavras e frases de ordem “Governo me deve”, isto é covardia”, “porquê me abandonaram”, “dor”, “’ódio”, “o Brasil é uma vergonha”, “o descaso continua”. Informa que quando não tiver mais espaço na casa vai para as ruas, enquanto viver vai protestar contra as injustiças provocadas pelos governos. Na minha primeira visão quis conhecer a casa, depois ao adentrar senti uma tristeza profunda, fiquei enjoada, mas ao mesmo tempo consternada e também revoltada com o sofrimento daquela pessoa diante do descaso do governo. Até que ponto vai à fúria de uma pessoa? Por que esta indignação é um caso isolado? Por que outras pessoas não se manifesta com tanta veemência?
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