REALIDADE GEOGRÁFICA
A desumanização do outro é uma das formas mais marcantes do totalitarismo (Hannah Arendt)
quinta-feira, 29 de março de 2012
Pobreza
A pobreza das nações é a expressão mais forte do subdesenvolvimento ou do atraso. Mas quando surgiu essas discussões sobre a pobreza? Por quê? E porque ela agora tem sido objeto de atenção dos governos? O termo pobreza sempre existiu e sua discussão tem variado ao longo dos tempos.
A mais comum foi relacioná-la como uma condição natural, ou seja, que uma parte da humanidade estava sujeita a ser pobre. A Igreja Cristã disseminou a ideia de conformismo de que a pessoa é pobre porque Deus quer. O versículo biblico de Marcos do capítulo 10 foi difundido para convencer as pessoas a realizar generosas doações “é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus”, mas nunca explicou porque a igreja acumulava e acumula tantas riquezas. A partir da Revolução Industrial passou a ter uma obsessão pelo tema e se deve, sobretudo, a preocupação como o aumento da massa de pobres nas cidades. No século XIX a grande discussão era se a pobreza era uma questão moral, consequência da falta de ética de trabalho e sentido de responsabilidade dos pobres.
Malthus tenta explicar a pobreza com a sua teoria geométrica e mais, jogou a responsabilidade da situação para os próprios pobres que continuavam a procriar sem medir as consequências. Outros autores explicavam a pobreza pela preguiça, falta de caráter e excesso de bebida dos pobres. Max viam os pobres como a escória da Revolução Industrial, e o “exército de reserva seria uma característica permanente da economia capitalista.
No final do século XIX crescem os movimentos operários pelo mundo, e a condição de pobreza se torna preocupação dos governantes a partir do momento que os pobres saem da condição de conformismo e transforma numa ameaça. Em 1929 com a crise da Bolsa de Nova York, milhões de pessoas perderam seus empregos e colocou a população em situação de pobreza independente de seus valores morais.
Na América Latina nos anos 50 e 60, o tema pobreza ressurgiu sob o rótulo de estudos sobre a “marginalidade”, sobretudo em (organizações acadêmicas) ou voltados para a mobilização popular, através de várias publicações sob a égide de três vertentes: marxista, católica e determinista, vinda do Norte, principalmente dos Estados Unidos a pobreza era vista como questão de atraso cultural e psicológico.
No final do século XX a pobreza deixa de ser o tema principal e a questão do desemprego passa a ser o foco das atenções; primeiro como política social e segundo como coisa a ser medida e avaliada através de dados estatísticos. A diferença entre os estudos de pobreza do século XIX e as estatísticas de desemprego do século XX é que a pobreza era vista como uma característica das pessoas, enquanto o desemprego é visto como um fenômeno estrutural temporário, mesmo que isto se torne uma situação permanente.
As teorias antigas sobre pobreza não se alteraram, continuam as mesmas, mas agora o tema pobreza ressurge com toda força, porque até mesmo nos países mais avançados, os problemas da pobreza começaram a se manifestar.
terça-feira, 27 de março de 2012
Amapá-Macapá-Brasil: protesto contra injustiça
Paulo Sérgio Souza Silva, 46 anos, desempregado é uma dessas pessoas que poderiam ter muitos adjetivos: louco, excêntrico, esquisito. Mas, na verdade é uma pessoa indignada. Conta Ele que há 28 anos, vem lutando na justiça contra o governo do Amapá por uma indenização. Segundo sua história ele pilotava uma moto por uma Avenida de Macapá, quando um motorista que dirigia um carro Oficial do Governo o atropelou, fugiu sem prestar socorro, deixando-o sobre o asfalto, ficou todo quebrado e está vivo por um milagre. Mas este acidente o tornou inválido, pois tudo nele são colado e cheio de pino. Na época que foi atropelado ganhava 2 mil cruzeiros, ele não exige muito, quer apenas um mínimo para se sustentar e que se faça justiça. Tentou entrar com ações na Justiça, mas informa que os advogados foram comprados pelo governo, diz que seu caso é minúsculo diante de todas as tragédias. Repetiu esta frase várias vezes “tive minha vida toda desestruturada por causa do governo, o governo te cobra 24 horas, mas não paga um minuto pelo que deve". Sua indignação foi transformada em raiva, ódio, angústia e Ele exorciza esses fantasmas esbravejando contra o governo na sua própria casa. Sua casa não passa despercebida, pois retrata toda fúria que alguém possa ter. Nela pinta com todas as cores e em todos os cantos várias palavras e frases de ordem “Governo me deve”, isto é covardia”, “porquê me abandonaram”, “dor”, “’ódio”, “o Brasil é uma vergonha”, “o descaso continua”. Informa que quando não tiver mais espaço na casa vai para as ruas, enquanto viver vai protestar contra as injustiças provocadas pelos governos. Na minha primeira visão quis conhecer a casa, depois ao adentrar senti uma tristeza profunda, fiquei enjoada, mas ao mesmo tempo consternada e também revoltada com o sofrimento daquela pessoa diante do descaso do governo. Até que ponto vai à fúria de uma pessoa? Por que esta indignação é um caso isolado? Por que outras pessoas não se manifesta com tanta veemência?
sábado, 15 de maio de 2010
Paródia - Rodovias
Ela fundiu o motor do meu carro
e eu acordei sem saber se era os buracos
algum tempo atrás era asfaltada
e hoje só tem poeira e mais nada
aquele horror nem é uma estrada
só pega 40
não anda mais nada
Eles nem jogam, cascalho na estrada
nem pensam em asfaltar
essa cratera
e nosso governo
tem sua maneira
pegam os milhões só fazem besteira.
Autores: Patricia, Leticia, Jefferson, Douglas Freitag e Douglas Ferrari, Marcelo e Heline 3B Mário Spinelli Terceirão 2010.
e eu acordei sem saber se era os buracos
algum tempo atrás era asfaltada
e hoje só tem poeira e mais nada
aquele horror nem é uma estrada
só pega 40
não anda mais nada
Eles nem jogam, cascalho na estrada
nem pensam em asfaltar
essa cratera
e nosso governo
tem sua maneira
pegam os milhões só fazem besteira.
Autores: Patricia, Leticia, Jefferson, Douglas Freitag e Douglas Ferrari, Marcelo e Heline 3B Mário Spinelli Terceirão 2010.
sábado, 31 de outubro de 2009
Teatro de fantoches na Escola Mário Spinelli em Sorriso/MT: uma forma divertida de aprender Geografia
O Teatro de Fantoche tem desempenhado as mais diversas funções desde as antigas civilizações. Originalmente o “espetáculo fantoches” esteve associado com as manifestações animistas das sociedades primitivas, e eram considerados objetos sagrados. Nas cerimônias dos rituais de magia animista, era utilizado o fantoche ou a máscara que conferiam poder divino ao personagem.
Na antiguidade clássica, os fantoches encontravam-se no interior dos templos, em tamanho grande, e participavam nas festas de iniciação religiosas. Mas, na idade média a representação de figuras cristãs no interior das igrejas com os fantoches e marcaras foram proibidas.
No renascimento o teatro de fantoches encontra adeptos que os fazem ressurgir legalmente, mas nos Adros das Igrejas, nos pátios das casas e nas festas das feiras, defendendo um público popular, começando então uma nova posição definida, na sátira, no humor, e em testemunhos face à ordem reinante. No Brasil no Período Imperial entre os festejos oficiais da corte ocorria o teatro encenado em palco improvisado, na praça ou algum grande centro. As companhias de fantoches eram de dois tipos: umas fixas que exibiam em salas especiais ou em casas; e as ambulantes que apresentavam nas feiras, ruas movimentadas, adros das igrejas e em dias de festa. Eram os espetáculos de rua, que deixavam maravilhados aqueles que tinham o privilégio de assistir as peças.
Os fantoches atualmente têm função ampliada e enriquecida. Não os encontramos somente nas ruas e nos teatros; vamos encontrá-los na escola e nos programas de televisão. No Brasil o personagem Louro José do programa da Ana Maria Braga da Rede Globo é um dos mais conhecidos, entre outros, como, por exemplo, Jeca Tatu, João Minhoca, Emília e Xaropinho. Nota-se, que os nossos bonecos têm valor recreativo, educativo e social. Influem no comportamento e na formação da psicologia das massas, refletindo, em conseqüência, na atuação de cada povo.
O teatro de fantoches na escola teve o objetivo geral promover uma aprendizagem diferenciada, dinâmica e interativa. Especificamente possibilita a participação dos educandos com diferentes habilidades na atividade teatral; promove o desenvolvimento da imaginação criadora; estimula a percepção com desenvolvimento dos sentidos auditivos e da voz.
Para muitos estudantes o teatro de fantoches apresentou uma alternativa interessante de aprendizagem, entretanto, para outros a proposta não foi satisfatória uma vez que, não conseguiram fazer o próprio boneco- fantoche. A seguir apresento algumas imagens de estudantes do Ensino Médio com seus respectivos fantoches criado por eles para as apresentações.
Turma 3A Matutino – Agosto 2009
Fantoches de meia e reciclado – produção 3 A matutino
3B com os fantoches reciclados – título do trabalho (Os Agrotóxicos no ambiente)
3B trabalho - Mato Grosso de tudo um pouco
3E Vespertino – Titulo do trabalho (Mato Grosso aspectos gerais)
2 I vespertino
Estudantes com fantoches de meia utilizado na apresentação do trabalho problemas ambientais urbanos
Fantoche de espuma e maquete utilizado para trabalho sobre A vida no cortiço
Trabalho- A poluição do ar
Equipe com fantoches e instrumentos musicais utilizados na apresentação
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Rodovia BR-163
A rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), foi aberta nos anos 1970 como mais uma das grandes obras de infra-estrutura projetadas pela ditadura militar para, pretensamente, integrar a Amazônia à economia nacional. O asfaltamento da estrada ainda não foi concluído – mas tornou-se, nos últimos anos, reivindicação de vários setores econômicos, sobretudo de produtores da área de influência da rodovia, os quais alegam que a obra poderia facilitar e baratear o escoamento da produção agropecuária em direção ao rio Amazonas.
Além disso, segundo empresários e políticos, a pavimentação da rodovia também poderia encurtar o transporte dos produtos eletro-eletrônicos produzidos na Zona Franca de Manaus até os grandes centros da Região Sul. Por outro lado, agricultores familiares reivindicam políticas e ações que se antecipem à obra para garantir os benefícios que ela promete.
Desta forma, o governo federal lançou um programa de planejamento para a Amazônia definido como “Plano de Desenvolvimento Sustentável para Área de Influência da BR-163” e definiu como área-programa todo o eixo da rodovia Cuiabá (MT) e Santarém(PA).
Segundo o plano da BR-163 sustentável, a área visitada é dotada de riquezas naturais abundantes, das quais dependem populações tradicionais, urbanas, agricultores familiares e mais de 30 povos indígenas. De outro lado, abriga, em especial no Centro-Norte de Mato Grosso, um dos pólos do agronegócio do país, bem como o sudoeste do estado do Pará.
Segundo o plano da BR-163 sustentável, a área visitada é dotada de riquezas naturais abundantes, das quais dependem populações tradicionais, urbanas, agricultores familiares e mais de 30 povos indígenas. De outro lado, abriga, em especial no Centro-Norte de Mato Grosso, um dos pólos do agronegócio do país, bem como o sudoeste do estado do Pará.
Por todos esses fatores entre outros, o asfaltamento da BR-163 torna-se uma necessidade e um desafio para os movimentos sociais, ONGs, instituições de pesquisa, sindicatos e outras organizações da sociedade civil que defendem um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia.
O gado bovino é presença constante pela rodovia
Riacho assoreado
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